Todos os segredos para cuidar da hortelã e da sálvia, duas plantas aromáticas que não podem faltar em casa

Fáceis de cultivar, lindas de olhar, perfumadas e saborosas para usar na cozinha, as ervas aromáticas são plantas ideais para decorar vasos em casa ou na varanda, ou mesmo para adicionar ao jardim ou horta.

Entre as mais populares estão a hortelã e a sálvia, ambas perenes muito resistentes, cujo cultivo é realmente simples, até para quem não conhece muito a arte da jardinagem. Para ambas as famílias existem muitas variedades, mesmo as puramente ornamentais e não comestíveis que são verdadeiramente espetaculares, mas tendem a ser mais delicadas. Ao escolher variedades botânicas e menos hibridizadas, por outro lado, podemos desfrutar de plantas que voltam todos os anos mesmo com poucos cuidados, tanto que é necessário limitar o seu crescimento. E acima de tudo, suas flores são amadas pelas abelhas, então cultivá-las na sua varanda ou jardim também é uma forma útil de ajudar uma espécie essencial para nossa sobrevivência.

Hortelã

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Conhecida desde a antiguidade, a hortelã é uma das plantas aromáticas mais conhecidas e cultivadas do mundo. Esta planta perene apresenta muitas variedades diferentes, que mudam na forma, cor e cheiro das folhas, bem como no porte de todo o arbusto. A altura máxima varia de 40 a 60 centímetros, embora tendam a se espalhar pelo solo e a cobrir o terreno. A planta adulta desenvolve um caule lenhoso, e a cor varia do verde ao roxo. As flores são brancas ou violetas e muito perfumadas.

Exposição

A hortelã se adapta a muitos climas diferentes, mas teme a geada em áreas mais frias e prefere locais ensolarados, mesmo que a exposição constante à luz solar direta em áreas quentes possa prejudicá-la. Portanto, é melhor uma posição de luz, onde o sol incide diretamente por algumas horas do dia, de modo a favorecer uma maior concentração de óleos essenciais. Além de cultivá-la em vasos, se você a coloca em uma horta também pode posicioná-la perto de paredes e muros, onde em geral outras culturas não podem ser plantadas.

Cultivo no solo e vaso

Embora possa crescer em quase todos os lugares, o melhor tipo de solo é o fértil e bem drenado, rico em húmus e substâncias orgânicas, com pH neutro ou pouco ácido. Melhor evitar solos argilosos ou muito úmidos, para não correr o risco de doenças fúngicas causadas pela estagnação da água.

Idealmente, também, as mudas de hortelã devem ser rodadas, evitando que voltem a crescer no mesmo solo por cerca de 6 anos. Além disso, para ter plantas sempre em ótimo estado, o solo deve ser renovado a cada 2 anos, de forma a garantir um crescimento contínuo e abundante.

Reprodução

A hortelã pode ser reproduzida por semente ou por corte. No primeiro caso, se deve plantar na primavera, colocando as sementes logo abaixo da superfície do solo. Essas, no entanto, apresentam baixa germinabilidade, por isso é muito mais eficaz recorrer ao corte.

A reprodução por estacas de ápices pode ser feita na primavera ou no final do verão, e tem uma excelente taxa de sucesso, uma vez que os ramos enraízam com bastante facilidade.

Basta retirar as pontas dos ramos da planta com pelo menos 20 cm de comprimento, com faca ou tesoura de lâmina afiada e esterilizada, para não infectar os tecidos da planta. Se quiser garantir o sucesso do corte, assim que tiradas essas pontas, pode-se mergulhar a ponta cortada em um pouco de água e depois em pó de enraizamento, e imediatamente colocá-los em vasos com terra. Mas se você tem muitos caules para plantar deste modo, não é um passo necessário.

Os vasos para colocar as mudas devem ter uma camada de argila expandida no fundo e, em seguida, solo composto de terra rica, areia e turfa, para garantir que fique bem dissolvido, fresco e drenante. Após inserir os galhos cortados, compacte suavemente o solo ao redor deles.

Plantar

Quando as mudas atingem uma altura de cerca de 20 cm, significa que o sistema radicular está bem desenvolvido e você pode transplantá-las para vasos ou no solo. A primeira opção é recomendada se você quiser conter a expansão da hortelã, tanto que há quem também enterre potes no chão. Caso contrário, você pode usar madeira subterrânea ou painéis de folha para criar divisórias que envolvam as plantas de hortelã.

Se quiser cultivar em vasos, pode escolher um que também seja bastante largo (não necessariamente muito profundo) e deixá-la sozinho, pois é altamente invasiva e pode facilmente ocupar todo o espaço, sufocando outras espécies mais delicadas. Na verdade, é provável que você encontre mudas de hortelã crescendo em vasos próximos com o passar dos anos.

Poda

A hortelã não precisa de muitos cuidados. Pode portanto se limitar a eliminar ramos secos e depois, no final do verão, proceder a uma poda mais decisiva, cortar os ramos a ⅔ da altura (pode tentar ainda mais um pouco) para favorecer a renovação e o perfilhamento.

Irrigação

De preferência, o solo da hortelã não deve permanecer seco, ou pelo menos não por muito tempo, por isso em épocas de seca lembre-se de regar as plantas. Principalmente as platinhas mais jovens sofrem muito com os períodos de seca. Em qualquer caso, molhe as plantas sem molhar as suas folhas.

Coleta e conservação

As folhas de hortelã podem ser colhidas a qualquer momento, mas não exagere deixando os galhos completamente nus. Em áreas onde os invernos são rigorosos, no entanto, quando a planta começa a ficar menos espessa com a redução das temperaturas, você pode coletar todas as folhas e cortar os galhos até mesmo bem baixos, então talvez cobrindo com palha para proteger as raízes durante o período de frio. Esta planta vigorosa, de fato, é capaz de ressurgir na primavera, mesmo quando foi completamente cortada.

O aroma máximo pode ser apreciado nas folhas recém colhidas, ideais para cozinhar, mas se mantém bastante persistente mesmo após a secagem. Para conservar a planta dessa forma pode utilizar um secador ou pendurar os ramos com as pontas viradas para baixo num local seco e arejado. Com as folhas secas você pode perfumar a casa com potpourri ou preparar chás de ervas e chá de hortelã muito saborosos. Outra alternativa possível é o congelamento.

Sálvia

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Outra planta amplamente utilizada na culinária em muitas partes do mundo é a salvia officinalis, que também é uma das plantas mais cultivadas em varandas e jardins. Esta perene perene de origem mediterrânea é rústica e simples de cultivar, reconhecível pelo seu aroma e pelo aspecto das folhas alongadas de forma oval recobertas por pelos finos que as fazem parecer prateadas.

As flores, apreciadas por abelhas e borboletas, são de cor roxa ou lilás. Há também uma quantidade incrível de sálvias ornamentais, menos rústicas e não comestíveis, além daquelas que são sempre comestíveis mas variadas ou com aromas diferentes.

Exposição

A sálvia é uma planta que adora o calor, por isso prefere locais ensolarados, evite então colocar os vasos no peitoril das janelas ou varandas que não peguem sol; em canteiros de flores ou hortas, se certifique de que não haja ramos de arbustos ou árvores que ofereçam muita sombra: devem receber luz solar direta várias horas por dia.

Prefere climas temperados, mas é capaz de resistir até mesmo por curtos períodos de geada, e não tem medo da seca, mas climas muito úmidos podem ser deletérios.

Solo

A sálvia consegue se adaptar a qualquer tipo de solo, mas prefere os muito drenantes. Às vezes, é aconselhável colocar pedras também no vaso ou no buraco onde vamos plantá-la. É uma planta mediterrânea, portanto prefere um substrato calcário, embora tenha dificuldade em crescer em argilosos e muito compactos, que favorecem a estagnação da água.

Reprodução

Assim como a hortelã, as plantas podem ser cultivadas e reproduzidas a partir de sementes ou estacas, mas as sementes de sálvia também são muito pequenas e com baixa germinabilidade, então você precisa usar muito mais do que realmente precisa para obter mudas suficientes. A semeadura é feita no início da primavera, colocando as sementes logo abaixo da camada superficial do solo.

Reproduzir a sálvia por estacas é muito mais simples e rápido: da primavera até o final do verão é possível cortar as pontas dos ramos com tesouras esterilizadas, preferindo os mais jovens. São ramos lenhosos, por isso não é possível cortar muito baixo: geralmente é necessário que tirar as pontas, no máximo a um terço do comprimento do ramo. Portanto, os brotos ou folhas devem permanecer no galho da planta-mãe, caso contrário, ela secará completamente. Na verdade, cortar demais todos os ramos da sálvia (como no caso do alecrim, alfazema, tomilho) significa perder todo o espécime.

Com cada raminho retirado, remova as folhas inferiores, deixando apenas as 4 ou 5 apicais. Você também pode usar o pó de enraizamento neste caso, se quiser, e em qualquer caso terá que colocar o galho em uma jarra com argila no fundo, terra e areia. Lembre-se que, com um substrato tão drenante, é necessário verificar cada vez que seca completamente, portanto regar com bastante frequência.

Em no máximo alguns meses, a muda estará forte o suficiente para ser transplantada para um vaso ou para o solo.

Plantar

Quando quiser arrumar as plantas prontas para o plantio, trabalhe sempre bem o solo para arejá-lo bem. Em terreno aberto é aconselhável cavar a parte mais funda e capinar na parte mais superficial. Se quiser, você pode enriquecer o solo com composto nesta fase.

As plantas podem ser plantadas da primavera até meados do outono, mas quando as temperaturas ainda estão baixas e o solo mais duro, é melhor evitar. Até mesmo o período de sol durante o verão é uma época em que nenhuma planta deveria ser submetida a tal trauma.

Irrigação e fertilização

Assim que terminar de colocar a planta no vaso ou no solo, compacte suavemente o solo e regue imediatamente, continuando regularmente nos dias seguintes (evitando sempre que fique molhado demais, por isso verifique quando seca) até a planta criar raízes.

Quando a planta estiver crescida, ela pode resistir até mesmo a períodos prolongados de seca, mas você vai perceber rapidamente pelo vigor e pela cor das folhas se precisa de água. Quando as regas se tornam menos frequentes com o tempo, é melhor regar abundantemente - certificando-se de que a água escoa rapidamente.

As plantas de sálvia podem se beneficiar da fertilização ocasional com produtos à base de nitrogênio para produzir mais folhas, mas evite exagerar com composto ou estrume porque adicionar nutrientes com muita frequência pode afetar o aroma das folhas

Poda e proteção do frio

A sálvia é uma planta perene e, para evitar que ela desenvolva uma postura muito desordenada, com galhos que se esticam e se dobram, é bom podar duas vezes por ano. No final do inverno, quando as temperaturas começam a subir, retire os ramos e as folhas secas, e depois, quando a planta tiver parado de florir, pode intervir com uma poda mais decisiva, cortando os ramos verdes quase por completo: este é o momento em que você pode tirar estacas, e mesmo que não queira propagar a planta, as indicações mencionadas quanto à reprodução por estacas são sempre válidas, ou seja, evite eliminar completamente a parte verde dos ramos. Sempre use tesouras bem afiadas e esterilizadas.

Coleta e conservação

As folhas de sálvia podem ser colhidas durante todo o ano, inclusive no inverno: na verdade, elas mantêm sua concentração de óleos essenciais praticamente inalterada nas várias estações. Sempre evite pegar ramos lenhosos.

Na cozinha, as folhas ficam mais saborosas assim que são colhidas, mas também podem ser secadas facilmente com a secadora ou pendurando os ramos de cabeça para baixo em local seco e ventilado. Você pode então picar as folhas secas e usá-las como tempero para assados. Também é possível congelar as folhas de sálvia.

Pronto para decorar sua casa, horta e jardim com essas lindas plantas?