Problemas de encanamento? Algumas dicas para resolvê-los por conta própria sem chamar um profissional

Há muitos trabalhos de manutenção necessários em uma casa, e o encanamento está entre os mais complicados de lidar. Podemos certamente cuidar de alguns pequenos reparos sozinhos, mesmo usando uma série de truques úteis e baratos, mas quando não temos certeza de como proceder ou nossas tentativas não produzem resultados úteis, devemos contar com a experiência de um profissional do setor.

Às vezes, porém, os problemas que geram a necessidade de intervenção profissional devem-se a um certo descaso da nossa parte, ou porque pensamos que alguma intervenção é muito difícil pois não conhecemos os truques que podem nos ajudar a resolvê-los.

Portanto, vale lembrar de observar uma série de fenômenos que podem ser sintomas de algum mau funcionamento, de modo a inspecionar a situação o mais rápido possível. Observar esses problemas também pode ser útil para evitar que o consumo de água aumente e que se manifeste com um aumento inexplicável da conta. Ao mesmo tempo, é útil conhecer os truques que podem tornar muito mais viável um pequeno conserto de nossa parte, o que pode ser suficiente para evitar chamar o encanador.

Creativo

Para reduzir o consumo

Não ignore o som de uma goteira: parece uma indicação óbvia e, muitas vezes, ignoramos o ruído de qualquer pia ou torneira que está constantemente vazando. No entanto, esses ruídos não devem passar despercebidos: na verdade, não se percebe o quanto mesmo uma perda muito leve que continua ao longo do dia e da noite pode se tornar um grande consumo de água depois de alguns dias ou semanas. Por isso, nos momentos de silêncio em casa, principalmente do final da tarde ao início da manhã, preste atenção a eventuais ruídos de gotas caindo continuamente nos banheiros ou na cozinha.

Outra indicação de algum problema de encanamento a ser inspecionado são sinais de vazamentos de água, mesmo muito pequenos, nas paredes próximas às conexões de encanamento. Isso acontece quando as juntas entre as várias partes de um tubo não se sustentam mais e, devido à corrosão dos materiais ou à formação de acúmulos de calcário, a água pressurizada que viaja nos tubos e escapa por onde encontra até mesmo uma pequena rachadura. São fenômenos que não devem ser esquecidos, e muitas vezes manchas de mofo, a presença de ferrugem, o fato de as superfícies ao redor do vazamento parecerem mais escuras ou possivelmente até a formação de pequenas poças nos ajudam a identificá-los.

Se o problema diz respeito à parte dos tubos fora da parede, será uma pequena intervenção que talvez possa tentar resolver sozinho desmontando as várias partes, substituindo as danificadas e utilizando os materiais isolantes necessários. Por outro lado, quando o vazamento é dentro dos tubos da parede, será necessário remover o revestimento da parede e talvez até quebrar a própria parede.

No entanto, deve-se considerar também que quando o ambiente é aquecido, a água que passa pelas tubulações, sendo fria, pode criar condensação na superfície das mesmas e isso produz gotas, mas nesse caso não é um problema de umidade alarmante.

Os locais onde podemos encontrar vazamentos mais facilmente e que devemos ficar de olho são as pias e sanitários no banheiro. Sempre que você fizer uma limpeza completa, mesmo sob pias e ao redor de bidês, vasos sanitários, banheiras ou chuveiros, dê uma olhada com a ajuda de uma lanterna em todos os canos visíveis, para se certificar de que não sejam manchas de umidade ou vazamentos indesejados.

O tipo de ruído que deve deixar nossos ouvidos em pé, por assim dizer, é um gotejamento regular em momentos em que ninguém está usando o sistema de encanamento: se já passou muito tempo desde o último banho, desde que uma torneira foi fechada ou que foi dada a descarga e ainda ouvirmos gotas que caem ritmicamente, então será necessário investigar, e quanto com mais frequência elas caírem, maior será a perda. Por exemplo, pode acontecer que existam válvulas que não funcionam bem na cisterna de água e, portanto, todo o sistema de esvaziamento e enchimento após a descarga do sanitário funciona com tempos alterados e continua a fazer barulho.

Para verificar pias e sanitários, pegue um alicate de papagaio e mova a porca de abertura perto da válvula: se parecer "lento", você tem que apertar novamente, mas não demais, porque senão ficará difícil reabri-lo. Tente um movimento simples no sentido horário, equivalente a cerca de ⅛ de uma volta completa. Se apertando assim, só um pouquinho, a perda parar, você não terá que fazer mais nada.

Já as válvulas dispensadoras devem estar sempre abertas ou fechadas, mas nunca paradas no meio do curso, posição que muitas vezes causa o fluxo perpétuo que gera o vazamento. Para fechá-las, gire no sentido horário, para abri-las no sentido anti-horário e pare em ambos os casos no ponto de travamento.

Se você não consegue descobrir onde está o vazamento, mas ainda quer ter certeza de que não há um, vá e inspecione o medidor de água. Certifique-se de que não esteja usando aparelhos que utilizem água (máquina de lavar roupa, máquina de lavar louça) e que todas as torneiras estejam bem fechadas. Em seguida, vá até o contador e anote os números. Espere duas horas sem usar água em casa e volte para verificar os números: se aumentaram, você precisa investigar mais. Na verdade, perdas muito leves não podem ser medidas dessa forma, então, se o consumo aumentou, há algo a ser feito em algum lugar. Pior ainda se você vir os números aumentarem, mesmo apenas por ficar alguns minutos na frente do contador.

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Em caso de entupimento de ralos

Quando a água não escoa, significa que algo está fazendo de barreira, sendo necessário identificar o que é que está  entupindo os canos. Portanto, se notar que a água da banheira, pia ou chuveiro não desce, você precisará intervir. E se por acaso, em conjunto com este fenômeno, você notar também umidade nas paredes próximas às tubulações, significa que o congestionamento é enorme e também está presente há algum tempo.

Também na varanda ou no jardim podem ocorrer fenômenos semelhantes, quando poças úmidas se formam perto dos canos, ou podemos ouvir água borbulhando em algum lugar.

No caso de pias, principalmente da cozinha, o tampão que bloqueia a passagem de água costuma estar localizado na primeira parte da tubulação, embaixo da própria pia. Você pode, portanto, fazer duas coisas: desmontar os tubos imediatamente sob a cuba e remover manualmente o material que obstrui o fluxo ou, em casos mais brandos, usar remédios que dissolvam a massa que cria a obstrução, que muitas vezes é feita de gordura. Na cozinha pode haver óleo e restos de comida, no banheiro resíduos de cremes, sabonetes misturados com cabelos e pelos, que formaram um pequeno conglomerado, muitas vezes localizado nas curvas dos canos.

Portanto, é importante entender por onde a água passa da pia/instalação sanitária para o tubo principal na parede: na cozinha ou banheiro acontece que os tubos de esgoto das bacias individuais de uma pia ou dos diferentes equipamentos sanitários então se juntem nas tubulações entre as paredes ou sob o piso. Os canos ficam cada vez maiores à medida que você chega até aqueles que entram em uma fossa ou sistema de esgoto.

A primeira coisa a fazer para entender a extensão da obstrução é fechar o ralo com um tampão, ferver a água e despejá-la na pia (ou na banheira ou no chuveiro), depois abrir o ralo e ver se o calor da água foi capaz de dissolver a gordura que criou a obstrução e trazer lentamente a velocidade de drenagem de volta ao normal. Às vezes, isso é tudo o que é preciso. Se não parecer funcionar, você também pode despejar o bicarbonato primeiro, depois o vinagre pelo ralo, deixar agir por alguns minutos e despejar a água fervente. Se esses remédios caseiros não funcionarem, você pode tentar desentupir com produtos químicos vendidos em supermercados ou lojas de ferragens.

O uso de êmbolo, por outro lado, só é recomendado se você tiver boa destreza com a ferramenta: às vezes, na verdade, ao usá-lo acaba tornando o bloco que obstrui o tubo mais compacto e, portanto, ficará mais difícil fazê-lo desaparecer. Por isso, vale a pena procurar algumas informações e talvez consultar vídeos ou tutoriais que expliquem como operar essa ferramenta tão comum.

Em geral, portanto, é bom ter uma ideia clara de como está estruturado o seu sistema de encanamento doméstico: por onde passam os que levam água limpa para as várias torneiras e por onde passam aqueles que coletam o esgoto. É necessário saber isolar os vários tubos, fechando as diferentes válvulas que normalmente se encontram muito perto das várias torneiras e, sobretudo, onde se encontram os botões que fecham todo o sistema de água da casa. Isso é útil tanto para nós, em caso de inspeções e intervenções de manutenção, como para facilitar e agilizar o trabalho de qualquer técnico profissional que venha fazer as reparações necessárias.

Em casas que ficam em zonas com invernos muito frios, também é necessário estudar os melhores métodos para isolar os tubos da geada: quando a água congela nos tubos e aumenta de volume, pode parti-los e criar até grandes fugas, ou danos nas paredes cuja reparação é cara. Além disso, o isolamento térmico das tubulações por onde passa a água quente, nesses casos, ajuda a reduzir os custos, pois se gasta menos energia para utilizar a água quente nas várias partes da casa.

Também dependendo de quando o sistema de tubulação foi construído, você pode ter diferentes materiais: diferentes tipos de metais ou materiais sintéticos têm uma duração diferente e também respondem de forma diferente a possíveis tensões, desgastes e danos. Também existem soldas de chumbo em sistemas antigos que podem causar danos à saúde se você beber a água que passa por elas.

Tubos enferrujados são muito mais frágeis, portanto, é necessário tocá-los com cuidado ao fazer reparos.

Em qualquer caso em que não esteja familiarizado com esse tipo de reparação, é sempre melhor evitar o agravamento do dano e solicitar a intervenção de um especialista.